segunda-feira, 27 de abril de 2009

Pergunte ao Caio!



Entrevista [fictícia] com Caio Prado Júnior [por excertos do capítulo 2 da Formação Econômica do Brasil. São Paulo: Brasiliense, 2004. p. 13-23.

G.N – Você é marxista [na sua análise do Caráter Inicial e Geral da Formação Econômica do Brasil]?
Caio Prado Júnior – “Nada mais que isso” (p. 23) “Particularmente nos interessa” (p. 13), na "formação econômica brasileira" (p. 13) os “incidentes da imensa empresa comercial a que se dedicam os países da Europa a partir do séc. XV. (...) A exploração” (p. 14) e o espírito com que os povos da Europa abordam a América: (...) é o comércio que os interessa” (p. 16), “os fins mercantis”. Estes se realizarão “em larga escala, isto é, em grandes unidades produtoras” (p. 21) “será a empresa do colono branco” (p. 23). “Isso muito nos interessa” (p.17).

G.N – Você procura o sentido do Brasil no seu passado colonial. Por quê?
CPJ – “O (...) sentido da colonização (...) tropical (...) explicará os elementos fundamentais, tanto no social como no econômico, da formação e evolução histórica dos trópicos americanos” (p. 23) “é preciso recuar no tempo para antes do (...) início [do Brasil independente] e indagar das circunstâncias que (...) determinaram” (p.13) “a estrutura social, bem como as atividades do país” (p. 23)

G.N – Como o Brasil se insere no desenvolvimento capitalista? Qual o lugar ele ocupa nesse sistema?
CPJ – “Nos constituímos para fornecer açúcar, tabaco, e em seguida, café, para o comércio europeu” (...) “voltado para fora do país” (p. 23) “ O Brasil é uma das resultantes (...) [da] colonização dos trópicos, [como] uma vasta empresa comercial” (p. 22-23)

G.N – Por que você diz que esse sistema é excludente e não democrático?
CPJ – “Virá o branco europeu para especular, realizar um negócio; inverterá seus cabedais e recrutará a mão-de-obra de que precisa: indígenas ou negros importados” (p.23). “O colono europeu ficará então aí na única posição que lhe competia: a de dirigente e grande proprietário rural.” (p. 21) “A grande maioria dos colonos estava assim, nos trópicos, condenada a uma posição dependente e de baixo nível; ao trabalho em proveito de outros” (p. 23)

G.N – O que você “deseja para o futuro do Brasil”?
CPJ – “Livrar-nos deste longo passado colonial” (p. 23): “[d]o branco europeu para especular (p.23) “[d]a exploração” (p. 20) “em grandes unidades produtoras” (p. 21): “Outro rumo” (p. 19)

Nenhum comentário: